ÁRVORE DO CENTENÁRIO
22 de Março 2010
Programa
10.30H – Hino da Maria da Fonte – sinal para todas as turmas se dirigirem ao local da plantação da árvore. Os alunos distribuem-se pela varanda e patamares superiores e outros (os mais novos) junto ao local onde vai ser plantada a árvore. Trazem ao peito a “roseta da República”. Na varanda estão penduradas as bandeiras dos vários alunos de outras nacionalidades, que frequentam a escola.
11h15m – Apresentação da cerimónia pelas figuras da República: República, Manuel Arriaga e Zé Povinho – Grupo de Teatro da Escola (texto anexo)
11h30m – Plantação da Árvore do Centenário (oliveira) pelo aluno mais novo (12 anos) e mais velho (75 anos) da escola; Descerramento da placa comemorativa.
11h40m – Discursos: Direcção, Conselho Geral, Comissão Nacional para as Comemorações, Ministério da Educação.
11h25m - Interpretação das letras dos hinos: A Sementeira, Hino das Árvores – Grupo de Teatro da Escola; Coro da Escola - Canção da Árvore
11h50m – Colocação da pomba da paz com ramo de oliveira e bandeiras dos vários países representados, na Árvore do Centenário (simulação de uma árvore), pelos alunos das respectivas nacionalidades.
12.00H – Hino Nacional pelo coro da escola, acompanhado por todos e Hasteamento da Bandeira.
Encerramento, com o transporte da árvore simbólica até à Sala da República da Escola.
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Texto de Apresentação
Personagens – apresentadores
Manuel Arriaga - Ricardo Fernandes
República - Ruben Silva
Zé Povinho - Joana Marques
Estão os 3 junto ao local onde se vai plantar a Árvore.
ZÉ – O meu nome é Zé Povinho, sou filho de Rafael Bordalo Pinheiro e nasci na Lanterna Mágica. na Véspera de SanTantónio de 1875.
Ofícios pelo menos sete Não tenho casa nem beira Também já usei albarda
Até onde sei contar Mal sei ler e escrever Que é casado de vintém
Comigo ninguém se mete Trago sempre uma coleira A Justiça sempre tarda
Sem a resposta levar. De cão, que está pra morder Mas há um dia que vem.
Até onde sei contar Mal sei ler e escrever Que é casado de vintém
Comigo ninguém se mete Trago sempre uma coleira A Justiça sempre tarda
Sem a resposta levar. De cão, que está pra morder Mas há um dia que vem.
E vocemecê quem é?
REPÚBLICA – Eu sou a República. Nasci em 1910 no dia 5 de Outubro. Sou filha da Carbonária, a irmã da Maçonaria, e o meu pai é o Partido Republicano.
ARRIAGA – Bom, a mim conhecem vocês bem, eu sou o vosso Presidente. O Manuel de Arriaga, o 1º Presidente da República!!!
ZÉ – Atão, o Rei?? Sempre se foi embora para os Açores? E atão quem ma tira a albarda de cima e a rolha da boca???
REPÚBLICA – É para isso que eu aqui estou. Trago-te LIBERDADE…
ZÉ – E isso enche a barriga??? Ó, serve pra quê?
ARRIAGA – Podes fazer, ler e dizer o que quiseres. Acabaram-se as albardas e a lei da rolha…
ZÉ – Essa é qué boa!!! Nan sei ler, Nan tenho cheta tenho que trabalhar à mesma… bom sempre posso dizer mal dos políticos sem ir ver o sol aos quadradinhos.
REPÚBLICA – E a partir de agora passas a ser tão importante como ali o Dr. Arriaga. IGUALDADE é outra das minhas ofertas para ti, Zé Povinho.
ZÉ – Tá a mangar comigo!!!!! Quer dizer que eu agora sou igual ao sô dótor e aqueles todos ali – aponta para a assistência – mesmo aqueles mais escurinhos???? E aquelas senhoras finórias que ali estão??? E até à Senhora Directora??? Tá a renar…
ARRIAGA – É verdade. Imagina que uma vidente disse que daqui a 100 anos ia haver um Presidente da República preto!!
ZÉ – gargalhada – Ca granda tanga!!!! E se calhar vocemecês acreditam que o homem vai à Lua e que daqui a 100 anos há umas caixinhas que falam, e umas máquinas que cospem notas… Promessas dos políticos… Isso é tudo ficção cientifica!!!!!
REPÚBLICA – Zé Povinho, sonhar não custa dinheiro…
ZÉ – assustado – Nem paga imposto???
ARRIAGA – Por enquanto ainda não… Imagina que daqui a 100 anos outros Zés como tu podem ser Presidentes como eu.
REPÚBLICA – Apostamos que daqui a 100 anos ainda há quem defenda a Liberdade e a Igualdade??
ZÉ e ARRIAGA – Apostado (batem na mão um do outro)
ARRIAGA – Bom, vamos mas é fazer aquilo que nos pediram. Plantar uma árvore que dure pelo menos mais cem anos. E que árvore?
ZÉ – Uma oliveira, que aqui é o que está a dar. Óh não estivéssemos nós nos Olivais.
REPÚBLICA – E também porque o ramo de oliveira é o símbolo da paz.
ZÉ – E porquê neste sítio?
ARRIAGA – Porque o Eça, que Deus haja, pediu no testamento que daqui a 60 anos construíssem aqui uma escola com o nome dele.
ZÉ – Diz-vos aqui o Zé que vai ser a melhor escola de Lisboa e arredores. Eça é que é essa!!!!
ARRIAGA – Bom o pior é o bulling!
ZÉ – O Bul quê??? E isso que é? Coisa ruim…
ARRIAGA – É uma doença rara que dizem vai haver daqui a 100 anos.
ZÉ – E quais são os sintomas ???
ARRIAGA – Parece que dá nos mais velhos e mais fortes que maltratam os mais novos e mais fracos.
ZÉ – (gargalhada) Vocemecê acredita em cada cousa!!! Um presidente preto, caixinhas que falam, cartões que dão dinheiro, miúdos colegas à porrada… se calhar acredita no Borda de Água que diz que os homens vão estragar o tempo e que vai haver tornados no Algarve. Só se forem muita burros… Isso é tudo ficção cientifica.
REPÚBLICA – Não te preocupes Zé, eu tenho a vacina para essa doença. Chama-se FRATERNIDADE.
ZÉ – Ah! Bom estou mais descansado. Não acredito que depois da Dona República andar 100 anos a lutar pela Liberdade, Igualdade e Fraternidade ainda haja porrada entre colegas!!! Isso é ficção científica.
ARRIAGA - Óh Zé, começa mas é a cavar!
ZÉ – Euuuuuu! (faz o gesto do Zé Povinho com muita força) Comecemos todos ou já se esqueceu cagora somos todos iguais. (vai buscar o aluno mais novo e o mais velho da Escola) Vamos aqui buscar este Zé mais novinho e este Zé menos novinho para ajudarem na ingríicola. E toque o Hino para animar a malta!!!!!
Texto de Cristina Kirkby
Apresentado pelo Grupo de Teatro da ESEQ - coordenação de Onivaldo Dutra
5 comentários:
O Arriaga é o Ricardo Fernandes, o Zé Povinho é o Ruben Silva e a República é a Joana Marques. O professor Onivaldo ensaiou-os. Que corra tudo bem!
Vou já acrescentar. Muito obrigada.
Com tão bons artistas vai correr bem, tenho a certeza.
Abraços
E correu tudo muito bem!
Parabéns.
Como esperava correu tudo mto bem, foi lindo e adorei ter ido !
parabéns
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