Este espaço é uma extensão da Sala da República, ponto de encontro e de
partilha de ideias, projectos e eventos, que tornem de todos os objectivos da
República: IGUALDADE, LIBERDADE E FRATERNIDADE.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Programa ÁRVORE DO CENTENÁRIO

ÁRVORE DO CENTENÁRIO
22 de Março 2010

Programa

10.30H – Hino da Maria da Fonte – sinal para todas as turmas se dirigirem ao local da plantação da árvore. Os alunos distribuem-se pela varanda e patamares superiores e outros (os mais novos) junto ao local onde vai ser plantada a árvore. Trazem ao peito a “roseta da República”. Na varanda estão penduradas as bandeiras dos vários alunos de outras nacionalidades, que frequentam a escola.

11h15m – Apresentação da cerimónia pelas figuras da República: República, Manuel Arriaga e Zé Povinho – Grupo de Teatro da Escola (texto anexo)

11h30m – Plantação da Árvore do Centenário (oliveira) pelo aluno mais novo (12 anos) e mais velho (75 anos) da escola; Descerramento da placa comemorativa.

11h40m – Discursos: Direcção, Conselho Geral, Comissão Nacional para as Comemorações, Ministério da Educação.

11h25m - Interpretação das letras dos hinos: A Sementeira, Hino das Árvores – Grupo de Teatro da Escola; Coro da Escola - Canção da Árvore

11h50m – Colocação da pomba da paz com ramo de oliveira e bandeiras dos vários países representados, na Árvore do Centenário (simulação de uma árvore), pelos alunos das respectivas nacionalidades.

12.00H – Hino Nacional pelo coro da escola, acompanhado por todos e Hasteamento da Bandeira.

Encerramento, com o transporte da árvore simbólica até à Sala da República da Escola.

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Texto de Apresentação


Personagens – apresentadores

Manuel Arriaga - Ricardo Fernandes

República - Ruben Silva

Zé Povinho - Joana Marques

Estão os 3 junto ao local onde se vai plantar a Árvore.

O meu nome é Zé Povinho, sou filho de Rafael Bordalo Pinheiro e nasci na Lanterna Mágica. na Véspera de SanTantónio de 1875.

Ofícios pelo menos sete                    Não tenho casa nem beira                     Também já usei albarda
Até onde sei contar                           Mal sei ler e escrever                            Que é casado de vintém
Comigo ninguém se mete                  Trago sempre uma coleira                      A Justiça sempre tarda
Sem a resposta levar.                        De cão, que está pra morder                 Mas há um dia que vem.

E vocemecê quem é?

REPÚBLICAEu sou a República. Nasci em 1910 no dia 5 de Outubro. Sou filha da Carbonária, a irmã da Maçonaria, e o meu pai é o Partido Republicano.

ARRIAGABom, a mim conhecem vocês bem, eu sou o vosso Presidente. O Manuel de Arriaga, o 1º Presidente da República!!!

Atão, o Rei?? Sempre se foi embora para os Açores? E atão quem ma tira a albarda de cima e a rolha da boca???

REPÚBLICAÉ para isso que eu aqui estou. Trago-te LIBERDADE…

E isso enche a barriga??? Ó, serve pra quê?

ARRIAGAPodes fazer, ler e dizer o que quiseres. Acabaram-se as albardas e a lei da rolha…

Essa é qué boa!!! Nan sei ler, Nan tenho cheta tenho que trabalhar à mesma… bom sempre posso dizer mal dos políticos sem ir ver o sol aos quadradinhos.

REPÚBLICAE a partir de agora passas a ser tão importante como ali o Dr. Arriaga. IGUALDADE é outra das minhas ofertas para ti, Zé Povinho.

Tá a mangar comigo!!!!! Quer dizer que eu agora sou igual ao sô dótor e aqueles todos ali – aponta para a assistência – mesmo aqueles mais escurinhos???? E aquelas senhoras finórias que ali estão??? E até à Senhora Directora??? Tá a renar…

ARRIAGAÉ verdade. Imagina que uma vidente disse que daqui a 100 anos ia haver um Presidente da República preto!!

– gargalhada – Ca granda tanga!!!! E se calhar vocemecês acreditam que o homem vai à Lua e que daqui a 100 anos há umas caixinhas que falam, e umas máquinas que cospem notas… Promessas dos políticos… Isso é tudo ficção cientifica!!!!!

REPÚBLICAZé Povinho, sonhar não custa dinheiro…

– assustado – Nem paga imposto???

ARRIAGAPor enquanto ainda não… Imagina que daqui a 100 anos outros Zés como tu podem ser Presidentes como eu.

REPÚBLICAApostamos que daqui a 100 anos ainda há quem defenda a Liberdade e a Igualdade??

ZÉ e ARRIAGAApostado (batem na mão um do outro)

ARRIAGABom, vamos mas é fazer aquilo que nos pediram. Plantar uma árvore que dure pelo menos mais cem anos. E que árvore?

Uma oliveira, que aqui é o que está a dar. Óh não estivéssemos nós nos Olivais.

REPÚBLICAE também porque o ramo de oliveira é o símbolo da paz.

E porquê neste sítio?

ARRIAGAPorque o Eça, que Deus haja, pediu no testamento que daqui a 60 anos construíssem aqui uma escola com o nome dele.

Diz-vos aqui o Zé que vai ser a melhor escola de Lisboa e arredores. Eça é que é essa!!!!

ARRIAGABom o pior é o bulling!

O Bul quê??? E isso que é? Coisa ruim…

ARRIAGAÉ uma doença rara que dizem vai haver daqui a 100 anos.

E quais são os sintomas ???

ARRIAGAParece que dá nos mais velhos e mais fortes que maltratam os mais novos e mais fracos.

– (gargalhada) Vocemecê acredita em cada cousa!!! Um presidente preto, caixinhas que falam, cartões que dão dinheiro, miúdos colegas à porrada… se calhar acredita no Borda de Água que diz que os homens vão estragar o tempo e que vai haver tornados no Algarve. Só se forem muita burros… Isso é tudo ficção cientifica.

REPÚBLICA Não te preocupes Zé, eu tenho a vacina para essa doença. Chama-se FRATERNIDADE.

Ah! Bom estou mais descansado. Não acredito que depois da Dona República andar 100 anos a lutar pela Liberdade, Igualdade e Fraternidade ainda haja porrada entre colegas!!! Isso é ficção científica.

ARRIAGA - Óh Zé, começa mas é a cavar!

Euuuuuu! (faz o gesto do Zé Povinho com muita força) Comecemos todos ou já se esqueceu cagora somos todos iguais. (vai buscar o aluno mais novo e o mais velho da Escola) Vamos aqui buscar este Zé mais novinho e este Zé menos novinho para ajudarem na ingríicola. E toque o Hino para animar a malta!!!!!

Texto de Cristina Kirkby
Apresentado pelo Grupo de Teatro da ESEQ - coordenação de Onivaldo Dutra

5 comentários:

CK disse...

O Arriaga é o Ricardo Fernandes, o Zé Povinho é o Ruben Silva e a República é a Joana Marques. O professor Onivaldo ensaiou-os. Que corra tudo bem!

isabela disse...

Vou já acrescentar. Muito obrigada.

Anónimo disse...

Com tão bons artistas vai correr bem, tenho a certeza.
Abraços

Teresa Diniz disse...

E correu tudo muito bem!
Parabéns.

Anónimo disse...

Como esperava correu tudo mto bem, foi lindo e adorei ter ido !

parabéns